Overview Seafall Prólogo e Missões 1, 2 e 3

Gostaria de ter relatado o desenvolvimento do prólogo e da primeira missão deste belo jogo.
Muita gente "sentou a ripa" - como se diz aqui no nordeste quando se trata de destruir, falar mal, escorraçar algo - em Seafall. A mídia boardgame internacional, principalmente os queridos gordinhos famosos da torre de dados, terminou por denegrir em muito a imagem do jogo, mas, depois de 3 partidas jogadas no meu grupo a conclusão que se tira é de que eles estão redondamente enganados. Seafall não tem um manual perfeito, uma arte magnífica, miniaturas que chamem a atenção, um tabuleiro extraordinariamente bonito ou componentes que se destacam na mesa. Pra admirar o jogo, primeiramente deve-se entender a proposta: o que que este jogo me oferece? Para o nosso grupo essa proposta foi facilmente captada: uma historia muito legal de se ler e se construir e vivenciar.

[SPOILER]



Logo no prólogo do jogo, numa pequena missão onde o manual te leva a experimentar as mecânicas básicas de Seafall, os líderes das províncias começam a ter sonhos de um local desconhecido, e um forte sentimento de curiosidade, poder e ambição toma conta deles. Navios antes utilizados para explorar águas costeiras são usados para buscar o desconhecido, rumar para o oeste longínquo e procurar riqueza, poder, prosperidade. Cada um preparou-se como pôde, abandonou sua família e navegou. Ilhas foram descobertas e nomeadas, fontes de especiarias, ferro, linho e madeira foram encontradas, outras civilizações apareceram para negociar, mostrar sua cultura e modo de vida para os exploradores. Essas embarcações nunca mais foram vistas... 

Uma geração se passou e hoje, as províncias antes pacíficas, começavam a culpar umas as outras por causa do desaparecimento de seus líderes. Ninguém queria assumir a culpa, se assim podemos dizer, por ter "convencido" as outras províncias de buscar essas riquezas. Era nisso que eles acreditavam. Os descendentes dos exploradores do passado, hoje preparados para aventurar-se nas águas desconhecidas são tomados pelos mesmos sentimentos de seus antecessores e mais a vontade de provar para as outras províncias que podem ser os melhores, conquistar mais glória e poder que as outras e trazer mais riquezas. Não existe mais o clima pacífico do passado.


Finda-se o prólogo, abrem-se novas caixas, novos componentes aparecem e inicia-se a primeira missão de Seafall. Nós, jogadores, ficamos ávidos por saber o que mais havia nas ilhas, e saber como descobrir as próximas já que não tinha nada no manual a respeito disso (ainda). Os objetivos na primeira missão de fato eram tentadores, quase que um chamado do além para a exploração das ilhas. Deveríamos juntar tesouros que somassem 3 ou mais de glória, construir 3 estruturas, explorar o local mais difícil em uma ilha e saquear um local com dificuldade 6 em uma ilha. Como sou o jogador mais pacífico da mesa sabia que não seria eu jogador a ir atrás de explorar e saquear, então meu objetivo era juntar os tesouros que me parecia o mais fácil dos 4. Com meu objetivo atingido, consegui um bônus que me concede +1 de glória na aquisição do meu primeiro tesouro em cada partida. Rogério, o pirata do grupo conseguiu saquear o local com 6 de dificuldade em uma ilha, o que lhe daria um benefício e abriria uma caixa para a próxima partida. que só pudemos ver o que tinha dentro ao final da missão. A medida que adentrávamos as ilhas, evidencias de civilizações e misticismo. Seriamos os caras legais e faríamos amizades com esses povos, ou seriamos exploradores, entrando ali apenas para tomar o que era alheio?

Cada jogador tomou as decisões do que achava mais semelhante com sua personalidade, deixando-nos cada vez mais imersos na história, e gerando ótimas risadas. Aquelas especiarias, sempre que aparecem tem histórias completamente malucas relacionadas. Tivemos a certeza de que aquilo não são especiarias, mas sim a "Maria Juana". Ao final da missão 1, pudemos aprimorar as potencialidades de um de nossos navios permanentemente e, como andar com os navios separados foi o que me pareceu mais chato nessa missão, igualei a navegação do navio mais lento ao navio mais rápido podendo assim andar juntos na próxima missão.

No encontro seguinte iniciaríamos a missão 2. A caixa destravada por Rogério na missão anterior tinha revelado seus componentes e descobrimos que agora poderíamos saquear os navios dos outros jogadores. Pronto, a treta tinha se consolidado definitivamente. Novos objetivos apareceram e desta vez deveríamos afundar o navio de alguém, vender em uma só ação 4 bens de um mesmo tipo (esse tinha que ser meu) e encontrar uma Tumba dos Ancestrais. Como disse no começo, fui atrás de juntar os recursos para vender bens do mesmo tipo. Foi bem mais sofrido do que eu esperava, pois fui alvo fácil dos jogadores que viram que eu conseguiria cumprir o objetivo facilmente. Rogério, o pirata, conseguiu afundar meu barco que levava as últimas especiarias para a venda e conseguiu o objetivo de afundar um barco ganhando 4 de glória, com isso, minha tripulação morreu (isso teria consequências futuras, pois o jogo pediu para que marcássemos o local do tabuleiro onde o navio foi afundado). Maks foi o único a tentar se aventurar nas águas inexploradas e sua tentativa foi frustrada logo de início e teve seu barco afundado na tentativa. Ao final da partida duas novas ilhas foram descobertas. Já nas ultimas rodadas, consegui reunir novamente 4 recursos e fiz a bendita venda conseguindo o marco histórico, 4 de glória e destrancando mais uma caixa para a próxima missão além do benefício. Ninguém encontrou a Tumba dos Antigos e o objetivo ficou para a próxima missão. Todos fizeram os aprimoramentos permanentes em seus navios - melhorei a exploração do navio menor - e vimos o que a caixa destrancada reservava para nossa futura missão: colônias agora poderiam ser construídas nas ilhas exploradas e novos marcos históricos apareceram.


Estávamos tão ansiosos pela terceira missão que nos reunimos poucos dias depois da missão 2. Tinha início a terceira missão da campanha. Será que conseguiríamos colonizar as recém descobertas ilhas? Essa era minha estratégia inicial. Nesta terceira missão os objetivos revelados eram: encontrar a ilha com o simbolo do polvo usando uma carta náutica, ter mais de 60 de ouro no cofre, ganhar 30 ou mais de ouro em uma única venda, ter 5 estruturas e ter 3 colônias ativas. Nossa, todos esses objetivos nos pareceram surreais, então meu objetivo inicial era tentar colonizar ilhas. Por algum infortúnio, minha estratégia mudou, acho que foi a cerveja que regava o nosso encontro. Lembro de ter feito pelo menos 4 jogadas erradas no começo do jogo e tive que alterar os planos. de todos os marcos históricos e do meu objetivo inicial fui atrás de conseguir 30 ou mais de ouro em uma única venda. na hora que tudo iria dar certo, o efeito inebriante do álcool me fez errar mais uma vez e, naquele momento que estava tudo certinho para efetuar a venda fiz uma jogada que nada tinha a ver com a estratégia e Maks, que jogava logo após eu fez o que eu queria (conseguir 30 ou mais de ouro em uma única venda). Fiquei bem frustrado, mas ao mesmo tempo estava me divertindo bastante. Ainda me restava conseguir os 60 de ouro no cofre e assim o fiz. Usei todo meu conhecimento dos mares de Merchants and Marauders e das mecânicas de pick up and delivery pra juntar a grana e, algumas rodadas, juntei 85 de ouro, conseguindo o marco histórico de ter 60+ de ouro. Os 4 pontos de glória obtidos neste marco histórico junto com a aquisição de 2 tesouros novos e valiosos que tinham sido revelados no inicio da missão, o bônus de glória na aquisição do meu primeiro tesouro e mais alguns saques realizados anteriormente me renderam o segundo lugar na partida, o que pra mim foi um resultado sensacional dados os inúmeros erros cometidos por mim desde o início da partida. Foram descobertas minas de ouro nas ilhas recém descobertas assim como mais um local onde se poderia conseguir linho. Ao final da partida, como de costume, pudemos melhorar nossos navios. Ninguém conseguiu estabelecer colônias e consequentemente os marcos históricos de ter 3 colônias ativas, bem como o de ter 5 estruturas que exige pelo menos duas colônias do jogador, não puderam ser registrados por ninguém.


A ansiedade de começar a Missão 4 é grande, mas o carnaval chegou e cada um tinha seus compromissos de viagem, etc. Retomaremos nossas incursões depois do dia 16 quando eu retornar de viagem.

Grande abraço e meus agradecimentos a todos que leram até aqui. O que eu escrevi até aqui foi resultado de 3 missões e um prólogo dos quais eu não anotei nada e tive que tirar todas as informações da memória que não é muito boa.
Fiquem esperando pela próxima resenha que será escrita após a missão 4 e, dessa vez, trarei mais detalhes de todos os acontecimentos que pretendo anotar pra não deixar passar nada.

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